Doenças Raras

As doenças raras afetam milhões de pessoas em todo o mundo, representando condições que, embora sejam pouco comuns individualmente, possuem um impacto significativo na vida de pacientes e familiares. A genética desempenha um papel crucial no diagnóstico dessas condições e no suporte à tomada de decisões, permitindo enfrentá-las com mais clareza e estratégias bem definidas.

O que é considerado uma “doença rara”?

Doenças raras são condições que afetam uma pequena parcela da população, geralmente definidas como aquelas que acometem cerca de 1 a cada 2.000 pessoas. A maior parte dessas condições tem origem genética, sendo causadas por mutações em um ou mais genes.Algumas doenças raras mais frequentes incluem a Síndrome de Marfan, Distrofia Muscular de Duchenne, Fibrose Cística e Fenilcetonúria.

Desafios no diagnóstico de doenças raras

O diagnóstico de doenças genéticas raras é um processo longo e desafiador. Muitos pacientes passam anos em busca de respostas, enfrentando incertezas que podem afetar seu bem-estar físico e emocional.

A avaliação genética é uma ferramenta indispensável nesse contexto, permitindo:

  • Suspeitas clínicas mais apuradas, já que os médicos geneticistas têm contato com doenças raras durante toda a sua formação e são treinados para reconhecer sinais e sintomas específicos de tais doenças.
  • Solicitação de exames genéticos, levando em consideração qual técnica laboratorial é a mais indicada para a hipótese diagnóstica formulada.
  • Identificação precisa: Testes genéticos bem indicados com base em hipótese clínica bem embasada ajudam na identificação precisa de mutações no DNA.

O Papel do médico especialista em Genética

O atendimento a pacientes com doenças genéticas raras requer uma abordagem multidisciplinar e humanizada. O médico geneticista oferece:

  1. Diagnóstico preciso: Aliando avaliação clínica minuciosa e tecnologias modernas, como microarray, sequenciamento genético, entre outros.
  2. Aconselhamento genético: Explicação clara sobre a condição, as implicações para a família e os possíveis desdobramentos.
  3. Planejamento de cuidados: Apoio na definição de estratégias terapêuticas e cuidados diários, além de orientações sobre tratamentos inovadores.
  4. Suporte contínuo: Assistência no enfrentamento de desafios emocionais, sociais e logísticos que acompanham essas condições.

A jornada de um indivíduo com uma doença rara frequentemente envolve escolhas difíceis, como tratamentos experimentais, decisões reprodutivas e planejamento a longo prazo. Nessas situações, a transparência, empatia e clareza são fundamentais para garantir que o paciente e sua família se sintam capacitados a tomar decisões informadas e seguras.

Empatia e ética no atendimento

Sabemos que viver com uma doença rara é desafiador, e o meu compromisso é oferecer um atendimento acolhedor e ético. Cada paciente é único. A minha missão é fornecer informações claras, baseadas na ciência, com respeito às particularidades de cada história que passa pelo meu consultório.

Se você ou um familiar foi diagnosticado ou suspeita ter uma doença genética rara, saiba que você não está sozinho. A avaliação genética pode oferecer respostas e abrir caminhos para um cuidado mais direcionado e eficaz.

No Brasil, não existe a profissão de “conselheiro genético” como nos Estados Unidos, e o médico geneticista é o profissional mais qualificado para realizar o aconselhamento genético.